FLOR DE LÓTUS


Lótus, planta aquática da família das ninfeáceas; produz flores brancas, cor-de-rosa ou brancas com as bordas rosadas. Também conhecida como lótus-egípcio, lótus-sagrado ou lótus-do-egito.

Acredita-se que ela desabrocha aqui na Terra somente depois de ter nascido no mundo espiritual, simbolizando por isso a flor da espiritualidade.

A Flor de Lótus é a mais admirada de todas as flores, por suas qualidades beleza e longevidade: a semente de Lótus pode, por exemplo, ficar mais 5.000 anos sem água, somente esperando a condição ideal de umidade pra germinar.

Ela nasce na lama e só se abre quando atinge a superfície, onde só então mostra suas luminosas e imaculadas pétalas, que são autolimpantes, isto é, têm a propriedade de repelir microrganismos e poeiras.

É também a única planta que regula seu calor interno, mantendo-o por volta de 35º, a mesma temperatura do corpo humano. O botão da flor tem a forma de um coração, e suas pétalas não caem quando a flor morre, apenas secam.

Essa flor tão especial, geralmente é utilizada para ornamentação e oferenda nos oráculos, mas também já foi empregada pelos antigos na fabricação de pão e uma espécie de bebida. Algumas vezes, servia como alimento ao povo da Líbia.

De acordo com algumas lendas gregas seu suco teria a propriedade de gerar nos estrangeiros a vontade de permanecer na terra e não regressar.

Na África setentrional existia um povo que se alimentava desta planta.


É identificada na cultura brasileira como "vitória-régia", também da família das Ninfáceas, nativa da região da Amazônia. Algumas espécies florescem nessa região, existindo relatos de lendas indígenas sobre a sua relação com o mundo espiritual.

Uma dessas lendas conta como Jaci, a Lua criou a "vitória-régia":

"As lagoas e os lagos amazônicos são os espelhos naturais da vaidosa Jaci, a lua. As cunhãs e as caboclas ao vê-la refletida sentiam toda a inspiração para o amor. Elas acreditavam que se ficassem no alto das colinas esperando pelo aparecimento da lua e se conseguissem tocá-la, o amor redentor chegaria e transformadas em estrelas, subiriam aos céus.

Um belo dia, uma linda cabocla resolveu que era chegado o momento de transformar-se em estrela. E com este intuito subiu a mais alta colina, esperando poder tocar a lua Jaci e assim concretizar o seu desejo. Mas, ao chegar ao topo da colina viu Jaci, a lua refletida na grande lagoa e pensou que estava a banhar-se. Na ânsia de tocar Jaci para realizar o seu sonho de amor, a bela cabocla lançou-se às águas da lagoa e, ao que pensar tocá-la, afundou, desaparecendo nas águas profundas da lagoa.

Então Jaci, a lua, compadecida com o infortúnio de tão bela jovem e não podendo satisfazer seu desejo de levá-la para o céu em forma de estrela, transformou-a na bela estrela das águas, a linda planta aquática, a Vitória Régia, cuja beleza e perfume são inconfundíveis.


No interior das pirâmides e nos antigos palácios do Egito, a Flor de Lótus também é representada como planta sagrada pertencente ao mundo dos deuses.

Como na Índia, também no Egito a Flor de Lótus testemunha a criação do universo.

Um dos mais interessantes relatos da mitologia egípcia sobre a origem de nosso planeta conta que num tempo muito distante, quando o Universo ainda não existia, um cálice de lótus com as pétalas fechadas flutuava nas trevas:

“E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”.

Entediada com o vazio, a flor pediu ao deus-Sol Atum-Ré (divindade andrógina, simultaneamente masculina e feminina) que criasse o Universo.

Tendo Atum-Ré criado o Universo, a Flor de Lótus, agradecida pelo desejo realizado, passou a abrigar o deus-Sol em suas pétalas durante a noite de onde ele sai ao amanhecer para iluminar a sua criação.

3 comentários:

  1. Pensé que era muy bueno!
    Tomó muchas dudas ...

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  2. wow colega!!!
    este blog é tirar o fôlego rs...
    estou entrando por aqui agora e terei muito ok aprender por aqui!
    Por enquanto deixo minhas felicitações por este excelente espaço...

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