O EGITO ANTIGO

Mapa do Egito Antigo, em evidência as cidades e sítios (c. 3150 a.C. e 30 a.C.).

Antigo Egito é a expressão que define a civilização da Antiguidade que se desenvolveu no canto nordeste do continente africano, onde atualmente se localiza o país do Egito.

A nação do antigo Egito tinha como fronteira a norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o deserto da Líbia, a leste o deserto da Arábia e a sul a primeira catarata do rio Nilo.

A história do Antigo Egipto inicia-se em cerca de 3150 a.C., altura em que se verificou a unificação dos reinos do Alto e do Baixo Egito, e termina em 30 a.C. quando o Egito, já então sob dominação estrangeira, se transformou numa província do Império Romano, após a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Ácio.

Durante a sua longa história o Egito conheceria três grandes períodos marcados pela estabilidade política, prosperidade económica e florescimento artístico, intercalados por três períodos de decadência. Um desses períodos de prosperidade, designado como Império Novo, correspondeu a uma era cosmopolita durante a qual o Egito dominou, graças às campanhas militares do faraó Tutmés III, uma área que se estendia desde Curgos até ao rio Eufrates.

A civilização egípcia foi umas das primeiras grandes civilizações da Humanidade e manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contatos com outros povos tenha sido também uma realidade.

RELIGIÃO NO ANTIGO EGITO


A religião no Antigo Egito refere-se às crenças religiosas próprias do Antigo Egito. Ao longo dos seus três mil anos de existência, desde o IV milênio a.C. até aos primeiros séculos da atual era, esta religião conheceria várias mudanças.


As fontes para o estudo da antiga religião egípcia são inúmeras, já que praticamente todo o legado material da civilização do Antigo Egito é revelador das suas concepções religiosas.

De religião politeísta, os egípcios adoravam deuses antopormófica (sob a forma humana) e antropozoomórfica( corpo humano com a cabeça de um animal). O deus mais importante era Rá (depois Amon-Rá), mas o mais popular era Osíris. Acreditando que os mortos podiam voltar à vida, desenvolveram a mumificação.

De 4.000-3.200 a.C., foram construídas as pirâmides de Queóps, Quéfren e Miquerinos. Essas obras custaram tanto esforço e sacrifício que a população rebelou-se. A nobreza de Tebas restabeleceu a autoridade do faraó e teve início ao Médio Império(2100-1750 a.C.). Foi uma época de prosperidade, mas as revoltas internas facilitaram a vitória dos hicsos, que dominaram o Egito por 150 anos. A expulsão dos hicsos deu início ao Novo Império (1580-525 a.C.), marcado por uma política guerreira e expansionista. Nesse período ocorreu a ocupação dos persas.

FLOR DE LÓTUS


Lótus, planta aquática da família das ninfeáceas; produz flores brancas, cor-de-rosa ou brancas com as bordas rosadas. Também conhecida como lótus-egípcio, lótus-sagrado ou lótus-do-egito.

Acredita-se que ela desabrocha aqui na Terra somente depois de ter nascido no mundo espiritual, simbolizando por isso a flor da espiritualidade.

A Flor de Lótus é a mais admirada de todas as flores, por suas qualidades beleza e longevidade: a semente de Lótus pode, por exemplo, ficar mais 5.000 anos sem água, somente esperando a condição ideal de umidade pra germinar.

Ela nasce na lama e só se abre quando atinge a superfície, onde só então mostra suas luminosas e imaculadas pétalas, que são autolimpantes, isto é, têm a propriedade de repelir microrganismos e poeiras.

É também a única planta que regula seu calor interno, mantendo-o por volta de 35º, a mesma temperatura do corpo humano. O botão da flor tem a forma de um coração, e suas pétalas não caem quando a flor morre, apenas secam.

Essa flor tão especial, geralmente é utilizada para ornamentação e oferenda nos oráculos, mas também já foi empregada pelos antigos na fabricação de pão e uma espécie de bebida. Algumas vezes, servia como alimento ao povo da Líbia.

De acordo com algumas lendas gregas seu suco teria a propriedade de gerar nos estrangeiros a vontade de permanecer na terra e não regressar.

Na África setentrional existia um povo que se alimentava desta planta.


É identificada na cultura brasileira como "vitória-régia", também da família das Ninfáceas, nativa da região da Amazônia. Algumas espécies florescem nessa região, existindo relatos de lendas indígenas sobre a sua relação com o mundo espiritual.

Uma dessas lendas conta como Jaci, a Lua criou a "vitória-régia":

"As lagoas e os lagos amazônicos são os espelhos naturais da vaidosa Jaci, a lua. As cunhãs e as caboclas ao vê-la refletida sentiam toda a inspiração para o amor. Elas acreditavam que se ficassem no alto das colinas esperando pelo aparecimento da lua e se conseguissem tocá-la, o amor redentor chegaria e transformadas em estrelas, subiriam aos céus.

Um belo dia, uma linda cabocla resolveu que era chegado o momento de transformar-se em estrela. E com este intuito subiu a mais alta colina, esperando poder tocar a lua Jaci e assim concretizar o seu desejo. Mas, ao chegar ao topo da colina viu Jaci, a lua refletida na grande lagoa e pensou que estava a banhar-se. Na ânsia de tocar Jaci para realizar o seu sonho de amor, a bela cabocla lançou-se às águas da lagoa e, ao que pensar tocá-la, afundou, desaparecendo nas águas profundas da lagoa.

Então Jaci, a lua, compadecida com o infortúnio de tão bela jovem e não podendo satisfazer seu desejo de levá-la para o céu em forma de estrela, transformou-a na bela estrela das águas, a linda planta aquática, a Vitória Régia, cuja beleza e perfume são inconfundíveis.


No interior das pirâmides e nos antigos palácios do Egito, a Flor de Lótus também é representada como planta sagrada pertencente ao mundo dos deuses.

Como na Índia, também no Egito a Flor de Lótus testemunha a criação do universo.

Um dos mais interessantes relatos da mitologia egípcia sobre a origem de nosso planeta conta que num tempo muito distante, quando o Universo ainda não existia, um cálice de lótus com as pétalas fechadas flutuava nas trevas:

“E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”.

Entediada com o vazio, a flor pediu ao deus-Sol Atum-Ré (divindade andrógina, simultaneamente masculina e feminina) que criasse o Universo.

Tendo Atum-Ré criado o Universo, a Flor de Lótus, agradecida pelo desejo realizado, passou a abrigar o deus-Sol em suas pétalas durante a noite de onde ele sai ao amanhecer para iluminar a sua criação.

O OVO CÓSMICO


Os sacerdotes de jemenu, capital do décimo quinto nomo do alto Egito lograram criar um sistema cosmogônico pouco conhecido, e só através de textos que pertencem a outros sistemas, e geralmente da época tardia é que se pode ter algum conhecimento a respeito desse sistema.

O principal deus desse nomo era a divindade lunar Thot, também deus dos escribas, mas Thot não toma parte na criação do mundo. E nem sequer seus adoradores observam algum tipo de doutrina nesse sentido.

Dizia-se que, em Jemenu, em princípio haviam oito deuses, dos quais se têm pouca certeza quem eram, e com um demiurgo, que em alguns textos é Shu, e em outros, Atón Rá; ela, entretanto, foi, indiscutivelmente a característica matricial do panteão de Jemenu. Ao mesmo tempo, funcionam como uma divindade autônoma, composta por oito deuses que agem sempre de forma igual, de forma distinta da Enéade de Iunu.

Muito pouco se conhece ou se especula da Ogdoáde de Jemenu, uma das mais misteriosas congregações de divindades do antigo Egito, talvez originária de uma agregação de crenças antigas das várias doutrinas de Tebas, Iunu e do Fayun. Paralela a Enéade, ela é formada por oito deuses, chamados conjuntamente de “Hehu”, organizados em quatro casais divinos.

Seu culto, entretanto, é muito remoto, sendo inclusive o nome da cidade – Jemenu – dado em homenagem a essas entidades: significa “cidade dos oito”. Ao contrário da Enéade de Iunu, esses deuses formavam uma entidade única, que apesar da diversidade tinha apenas uma vontade, uma vez que eles sempre estavam em uníssono.

Os quatro pares de deuses da ogdoáde são representados, via de regra, com corpos de homem e cabeça de rã, e as mulheres com corpo de mulher e cabeça de serpente. Se considerarmos que a possibilidade de essa ogdoáde dar origem e ter relações com outros sistemas divinos, é possível inferir que há uma mudança conforme muda o sistema, ou seja, a cosmogonia, apesar de ser a mesma divindade – ou antes, ter o mesmo nome.

Os quatro pares de deuses são:

-Nun e Naunet, representando o oceano primordial;

-Heh e Hehet, cujo aspecto é um tanto obscuro, mas seria algo relacionado ao caminho que as águas percorrem quando á cheia;

-Kek e Keket parecem estar ligadas ás trevas;

- Amon e Amaunet, relacionados ao desconhecido, e seriam deuses não cognoscíveis.

- Niau e Niaunet, que personificariam o vazio, a ausência da totalidade.



A cosmogonia de Iunu admitia a existência e dizia ser a Ogdoáde uma emanação de Rá, que era divindade suprema, numa espécie de sincretismo.

Nas leituras mais antigas e puramente relacionadas á cosmogonia de Jemenu, Rá existia, mas não como divindade suprema; ele era, inclusive filho dos membros da Ogdoáde.

Dizia-se que nesta era primordial, uma ilha se ergueu do oceano primitivo, e foi nesta ilha que os deuses rãs e deusas serpente colocaram um ovo. Desse ovo nasceu o Sol, que deveria criar o mundo e ordenar a criação.

Não há uma concordância nos textos e hinos de Jemenu quanto á origem desse ovo. As explicações que são dadas, além de muito pouco exatas, tendem a conter a influência de uma outra cosmogonia, via de regra a tebana. Não há sequer concordância sobre que ave teria botado o ovo, hora um ganso, hora um falcão.

Enfim, não se sabe exatamente que Deus se ocultava na casca – não no interior, note-se – do ovo cósmico. Algumas possibilidades, corrobadas por textos da época, apontam para o deus Shu, já que o sopro de vida desse Deus era universal.

Os sacerdotes de Jemenu não tinham uma idéia muito clara da origem desse ovo, e suas explicações revelam a influência de outros sistemas teológicos, em especial o Tebano.

Os textos religiosos mais antigos não estão de acordo nem, sequer, na atribuição de que ave teria posto o ovo. Às vezes a ave parece ser um ganso, outras vezes parece ser um falcão; e o livro dos mortos parece, às vezes, referir-se ao ovo de um pássaro macho.

Ao final não se sabe quem é o demiurgo que se oculta na casca do ovo cósmico. Talvez venha a ser Shu, o deus do ar, "o que separa a terra dos céus", e a casca do ovo tenha sido o repetáculo do sopro de vida universal. Essa poderia ser, ao menos, uma explicação que faria sentido para os egípcios, já que "casca" (suhet) e "sopro do ar" (suh) eram, em sua língua, palavras muito próximas, que derivavam da mesma raiz.

Segundo o sistema de Iunu shu seria a primeira criatura do demiurgo Rá, e, por sua vez, o criador dos deuses da Enéade. Do mesmo modo, a passagem de número 76 do texto dos sarcófagos proclama Shu como o pai dos deuses, e, concretamente, da Ogdoáde de Jemenu.

Mas há uma contradição com a passagem de número 226 do texto dos sarcófagos, em que Shu nasce sim do ovo, mas justamente daquele que os oito membros da Ogdoáde de teriam depositado na colina de Jemenu. Dessa maneira, seriam os pais, e não os filhos de Shu.

Os sacerdotes não souberam como evitar essas contradições, quando tentaram realizar a "integração" do mito de Jemenu com os sistemas cosmogônicos em vigor.

A confusão seria cada vez maior com o tempo: um texto da época Lágida dirá que Ptah, o deus da terra, criou o ovo que saiu do caos, (Num), e deste ovo vieram à existência os deuses da Ogdoáde. Outro mito diz que Rá, e toda a humanidade teriam saído daquele ovo.

Um hino de inspiração tebana disse que no interior do ovo se encontrava o demiurgo, e ele é identificado com o deus solar Rá e o deus nacional do novo império, Amon. Shu, deus do ar, havia perdido, logo, o papel de Demiurgo.

AS DIVISÓES DO SER HUMANO



Ao contrário da civilização ocidental, cujas concepções religiosas dividiram o ser humano em corpo e alma, os Egípcios consideravam que os humanos eram constituídos por várias partes, umas materiais e outras imateriais.

O ka era a energia vital do indivíduo, que era criada na mesma altura em que se criava o corpo físico. Depois da morte, habitava no corpo mumificado do defunto ou em estátuas que o representavam de forma idealizada, necessitando de comida e de bebida para continuar a existir, sendo por isso necessário que os vivos realizassem oferendas. Na arte, era geralmente representado como uns braços que se levantavam para cima.
O akh (plural: akhu) era uma espécie de força luminosa gerada depois da morte pela união do ka e do ba, embora alguns investigadores considerem que poderia gerar-se através da união do ba e do corpo. Seja como for, este elemento gerava-se após o julgamento de Osíris, sendo uma espécie de transfiguração do ser. Este conceito era representado como um íbis de poupa. Os deuses também tinham o seu akh.

O ba, por vezes traduzido como "alma", era representado como um falcão com cabeça humana. No momento da morte o ba deixava o corpo, podendo visitar os locais que o defunto conhecia ou viajar até às estrelas, mas à noite tinha que regressar ao túmulo. Devido ao fato de poder deslocar-se o ba levava ao ka a energia que se encontrava nas oferendas. Os deuses também tinham o seu ba; em alguns casos determinado deus era o ba de outro deus.

O nome (em língua egípcia, ren) era um elemento importante da personalidade humana, como atesta o esforço feito pelos Egípcios em registrar os nomes de deuses, faraós ou altas personalidades em inscrições feitas sobre todo o tipo de suportes. Quando se queria eliminar simbolicamente as ações praticadas por alguém visto como inimigo do estado mandava-se apagar todas as inscrições que tivessem o nome próprio da pessoa, como aconteceu com a rainha Hatchepsut e Akhenaton.

A sombra, representada como uma figura humana pintada completamente a negro, era considerada como um duplo do ser humano, que se caracterizava pela rapidez e pela proteção que concedia à pessoa (se estiver no clima abrasador do Egito, facilmente se compreende a associação da sombra a algo benéfico e protetor). Os egípcios deram-lhe o nome de "chut".

Por último, o sekem era a energia e o poder da pessoa falecida.

BA


O ba, por vezes traduzido como "alma", era representado como um falcão com cabeça humana.

No momento da morte o ba deixava o corpo, podendo visitar os locais que o defunto conhecia ou viajar até às estrelas, mas à noite tinha que regressar ao túmulo.

Devido ao fato de poder deslocar-se, o ba levava ao ka a energia que se encontrava nas oferendas. Os deuses também tinham o seu ba; em alguns casos determinado deus era o ba de outro deus.

KA


O Ka designava uma espécie de alma que acreditavam que existia, tanto nos homens, como nos deuses.

O conceito em si é difícil de trasladar hoje para qualquer outra língua viva através de uma só palavra. Em português, o termo que melhor o poderá traduzir será talvez o de alma, ressalvando no entanto as devidas distâncias entre a concepção cristã da alma, e a concepção egípcia do ka.

O ka pode então ser definido como um princípio ou elemento metafísico, imaterial, invisível, volátil e, de certa forma, metafórico, que permitia assegurar a sobrevivência dos homens neste mundo, e lhes conferia a vida eterna no outro.

Não deve ser confundido com o outro princípio ou elemento metafísico egípcio, o ba.

NETER


Neter é uma palavra em egípcio sem tradução exata. A antiga religião egípcia, diferente do que muitos pensam, cultua apenas um único deus. Sendo este supremo, eterno, imortal, onisciente, onipresente e onipotente. Mas este deus aparece de várias formas e aspectos, os Neteru (plural de Neter no masculino e Netert no feminino).

Um exemplo para compreender melhor isso é a água, que sendo líquida, sólida ou gasosa continua sendo água. Dessa forma os Neteru tem sua própria personalidade, ações e são cultuados.

Os Neteru também podem ser ditos como informações ou pistas para conhecer Deus. Por exemplo: se é nos informado apenas o nome de alguém, não temos o mínimo conhecimento desse, mas quanto mais pistas e informações sobre ele, melhor o conhecemos. Desse modo os arqueólogos e egiptólogos que estudaram sobre a antiga religião egípcia, traduziram Neteru como deuses e deusas, dando totalmente a informação errônea de que tais são forças independentes.

ANKH


Ankh, a cruz ansata, era na escrita hieroglífica egípcia o símbolo da vida.
Conhecido também como símbolo da vida eterna. Os egípcios a usavam para indicar a vida após a morte. Hoje, é usada como símbolo pelos neopagãos.

A forma do ankh assemelha-se a uma cruz, com a haste superior vertical substituída por uma alça de formato oval. Em algumas representações primitivas, possui as suas extremidades superiores e inferiores bipartidas.

Há muitas especulações para o surgimento e para o significado do ankh, mas ao que tudo indica, surgiu na Quinta Dinastia.

Quanto ao seu significado, há várias teorias. Muitas pessoas vêem o ankh como símbolo da ressurreição.

A alça oval que compõe o ankh sugere um cordão entrelaçado com as duas pontas opostas que significam os princípios feminino e masculino, fundamentais para a criação da vida.

Em outras interpretações, representa a união entre as divindades Osíris e Ísis, que proporcionava a cheia periódica do Nilo, fundamental para a sobrevivência da civilização. Neste caso, o ciclo previsível e inalterável das águas era atribuído ao conceito de reencarnação, uma das principais características da crença egípcia.

A linha vertical que desce exatamente do centro do laço é o ponto de intersecção dos pólos, e representa o fruto da união entre os opostos.

Atribuem-se que os símbolos Ankh, Djed e Was têm uma base biológica derivados da cultura de criação de gado do antigo Egito - ligado á crença egípcia de que o sêmen era criado na coluna vertebral- , conforme a descrição abaixo:


O Ankh, símbolo da vida, vértebra torácica de um touro (visto em corte transversal);


O Djed, símbolo da estabilidade, a coluna vertebral de um touro;

O Was, símbolo do poder e dominação - o pênis seco de um touro símbolo da deusa Wosret ou Wasret.

Apesar de sua origem egípcia, ao longo da história o Ankh foi adotado por diversas culturas.

Manteve sua popularidade, mesmo após a cristianização do povo egípcio a partir do século III. Os egípcios convertidos ficaram conhecidos como Cristãos Cópticos, e o ankh (por sua semelhança com a cruz utilizada pelos cristãos) manteve-se como um de seus principais símbolos, chamado de Cruz Cóptica.

No final do século XIX, o ankh foi agregado pelos movimentos ocultistas que se propagavam, além de alguns grupos esotéricos e as tribos hippies do final da década de 60.

É utilizado por bruxos contemporâneos em rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação; ou como um amuleto protetor de quem o carrega.

O ankh também foi incluído na simbologia da Ordem Rosa-Cruz, representando a união entre o reino do céu e a terra.

Em outras situações, está associado aos vampiros, em mais uma atribuição à longevidade e imortalidade.

Ainda encontra-se como uma alusão ao nascente-poente do Sol, simbolizando novamente o ciclo vital da natureza.



Ankh no Brasil:

O ankh popularizou-se no Brasil no início dos anos 70, quando Raul Seixas e Paulo Coelho (entre outros) criaram a Sociedade Alternativa.

O selo dessa sociedade possuía um ankh adaptado com dois degraus na haste inferior, simbolizando os "Degraus da Iniciação", ou a chave que abre todas as portas.

Numa outra interpretação, representa o laço da sandália do peregrino, ou seja, aquele que quer caminhar, aprender e evoluir.



O Lado Negro do Ankh:

Na cultura pop, ele foi associado pela primeira vez ao vampirismo e à subcultura gótica através do filme The Hunger – Fome de Viver (1983), em que David Bowie e Catherine Deneuve protagonizam vampiros em busca de sangue.

Há uma cena em que a dupla, usando ankhs egípcios, está à espreita de suas presas numa casa noturna ao som de Bela Lugosi's Dead, do Bauhaus.

Assim, elementos como a figura do vampiro, o ankh e a banda Bauhaus podem atuar num mesmo contexto; neste caso, a sub-cultura gótica.

Possivelmente, através deste filme, o ankh foi inserido na sub-cultura gótica e pelos adeptos da cultura obscura, de uma forma geral.

Mais tarde a personagem Morte, da HQ Sandman, seria o mais famoso ícone na cultura pop relacionando o ankh e a subcultura gótica.

Desse modo, vemos que o ankh não sofreu grandes variações em seu significado e emprego primitivo, embora tenha sido associado a várias culturas diferentes. Mesmo assim lhe foi atribuído um caráter negativista por aqueles que desconhecem a sua origem e significados reais, associando este símbolo, erradamente, a grupos e seitas satânicas ou de magia negra.

SISTRO


O sistro é um instrumento de percussão que produz um som achocalhado.O instrumento já existia na Suméria do ano 2500 a.C.

No Antigo Egipto recebia o nome de sechechet e era utilizado por mulheres da nobreza e pelas sacerdotisas.

Era feito em geral em bronze, mas também existiam exemplares em madeira e em faiança. Os sistros estavam particularmente associados ao culto da deusa Hathor, mas poderiam também ser empregues no de Ísis, Bastet e Amon.

Os Egípcios acreditavam que o som produzido pelo instrumento poderia aplacar o deus em questão.

Quando o culto de Ísis se difundiu na bacia do Mediterrâneo, o sistro tornou-se um instrumento popular entre os Romanos.

A sua forma mais comum era a de um cabo com um arco, onde se colocavam pequenas barras com discos de metal que quando agitadas produziam o som. Em alguns casos poderiam ter uma forma de capela. Entre o cabo e o arco era comum a representação de Hathor.

São hoje em dia utilizados nas cerimônias da Igreja Copta da Etiópia, sendo conhecidos como sanasel ou tsenatsil.

Duas tribos de índios da América do Norte também utilizam o sistro.

OS FILHOS DE HÓRUS


HAPI,IMSETI,DUAMUTEF e KEBEHSENUEF

UREOS


UREOS é a Naja, símbolo da realeza e da luz. Consagrado à deusa Wadejet e ao deus Rá, do qual se considerava olho.

KHEPRA


KHEPRA, (escaravelho, em egípcio) ou um homem com um escaravelho no lugar da cabeça também representavam o deus-Sol.

Nesse caso o besouro simbolizava o deus Khepra e sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha de excremento que empurrava pelos caminhos.

Associados à idéia mitológica de ressurreição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesaria encontradas nos túmulos egípcios.

ÁPIS


Na antiga religião egípcia Ápis (ou Hapi-ankh) é a personificação da terra.

O "morto-vivo" (Osíris) encarnou num touro branco sagrado. Era o touro de Mênfis.

Simbolicamente representado como um touro negro com um triângulo branco na testa.
Seu culto está associado com Ptah.

O local onde eram enterrados os seus bois sagrados levava o nome de Serapeum.

MNÉVIS


Mnévis ou Merur era um boi negro adorado como divindade na cidade de Heliópolis.

À semelhança de Ápis, Mnévis era um dos bois sagrados do Antigo Egipto, encontrando-se associado ao deus Ré-Atum (Ápis estava por sua vez associado a Ptah). Foi também associado ao deus Osíris.

O seu culto foi instituído na II dinastia, embora seja provável que tenha sido adorado desde tempos pré-dinásticos. Foi cultuado por todos os reis, inclusive por Akhenaton, que tinha declarado Aton como único deus a ser adorado. A razão pela qual Akhenaton continuou com o culto de Mnévis encontra-se relacionada com a sua crença de que Aton se manifestaria neste boi.

Nas representações artísticas aparece com o disco solar e o ureus (serpente) entre os seus cornos.

Os sacerdotes de Heliópolis escolhiam um boi da região que levavam para o templo, onde este era adorado. Só poderia existir um Mnévis de cada vez. Os movimentos que o animal descrevia eram usados como um oráculo. Depois da sua morte, o touro era mumificado, sendo os seus órgãos colocados nos vasos canopos, e sepultado numa necrópole perto de Heliópolis.

BUKHIS


Bukhis, Buchis, Bacis ou Bka era um boi sagrado da cidade de Hermontis, no Antigo Egito. Em Hermontis acreditava-se que Bukhis era a encarnação do deus patrono da cidade, Montu (divindade da guerra). Foi também identificado com Osíris e com Ré.

Era um boi preto ou branco (as fontes contradizem-se neste aspecto). Dizia-se também que a cor do seu pêlo ia variando ao longo do dia. Os antigos Egípcios consideravam-no um boi combativo e feroz.

Na arte egípcia era representado com o disco solar na cabeça e com um ureus (serpente) e duas plumas. Em algumas ocasiões aparecia a cheirar uma flor de lótus.

Em Hermontis um boi era escolhido e identificado como Bukhis, passando a partir daquele momento a receber culto como divindade. À semelhança de outros bois sagrados, como Ápis e Mnévis, era também mumificado, porém através de um processo diferente: Os órgãos do animal eram retirados pelo ânus, usando-se instrumentos de bronze e recorrendo-se a enemas. Na sua cara colocava-se uma máscara de ouro e duas plumas sobre a cabeça.

As vacas que tinham parido estes bois eram também mumificadas (estas vacas eram conhecidas como as "Vacas Mães de Bukhis").

A necrópole onde os bois eram sepultados ficou conhecida como Bucheum. Os trabalhos arqueológicos revelaram que estes bois foram sepultados desde o tempo do rei Nectanebo II (meados do século IV a.C.) até à época do imperador romano Diocleciano.

ÍBIS


Íbis, uma ave pernalta de bico longo e recurvado. Existe uma espécie negra e outra de plumagem castanha com reflexos dourados, mas era o íbis branco, ou íbis sagrado, que era considerado pelos egípcios como encarnação do deus Thoth.

Esta ave tem parte da cabeça e todo o pescoço desprovido de penas. Sua plumagem é branca, exceto a da cabeça, da extremidade das asas e da cauda, que é muito negra. Um homem com cabeça de íbis, era outra das representações daquele deus.

BENU


Benu (do verbo egípcio ueben, "brilhar", "erguer") era na mitologia egípcia um animal mitológico parecido com uma garça real (Ardea cinerea ou Ardea purpurea).
Nas representações artísticas, o Benu tinha sobre a cabeça a coroa branca do Alto Egito acompanhada por duas plumas altas, formando a coroa atef.

Não se sabe muito sobre o culto ao Benu, excepto que estava centrado em Heliópolis.
Este animal era considerado como o ba do deus Ré (o sol, na sua forma de Atum) quando este surgira no momento da criação do mundo pousando na pedra Benben.

A ave era vista em outros casos como o ba de Osíris, surgida após a morte do deus nas mãos de Seth.

Segundo um mito egípcio, uma gansa, conhecida como a "Grande Grasnadora", põe o primeiro ovo, do qual saiu o Benu (o fato de uma gansa colocar um ovo de garça é uma mera confusão dos antigos egípcios).

Os antigos Gregos identificaram este animal com a fénix. Segundo Heródoto o Benu surgia apenas cada quinhentos anos, trazendo o corpo do pai falecido. De acordo com o autor grego, a ave criava um fogueira na qual perecia e a partir da qual surgia uma nove ave.

APÓFIS


APÓFIS, a serpente que habitava o além-túmulo, representava as tempestades e as trevas.


É descrita no chamado Livro de Him no Inferno, uma obra que narra a viagem do deus-Sol pelo reino das sombras durante a noite. Nessa jornada, enquanto visitava o reino dos mortos, a divindade lutava contra vários demônios que tentavam impedir sua passagem.

As serpentes estavam entre os adversários mais perigosos e o demônio líder de todos eles era Apófis a grande serpente.

IAH



Iah ou Aah era o deus da lua na mitologia egípcia.

As primeiras presenças do nome "Iah" referem-se à lua enquanto satélite do planeta terra. Mais tarde, a palavra passaria a designar uma divindade.

A nível iconográfico este deus era representado, na sua forma antropomórfica, com um disco solar e crescente da lua nova sobre a sua cabeça, onde também tinha uma trança lateral característica das crianças egípcias. Por vezes tinha na mão uma folha de palmeira ou um olho de Hórus. Poderia também se manifestar como um íbis, falcão ou como o crescente da lua nova. Este últimos atributos estavam também associados a Tot e a Khonsu.

O deus não tinha nenhuma cidade associada ao seu culto. Alcançou grande popularidade na época que se seguiu ao Império Médio, ou seja, na época de dominação do Egito pelos Hicsos, um povo oriundo da Palestina. É possível que Iah seja o corresponde ao deus acádico Sin, que também era um deus lunar. O nome Iah surge na fórmula CX do Livro dos Mortos.

Curiosamente, vários membros da família real tebana, responsável pela expulsão dos Hicsos do Egito, levaram este nome como Iah-hotep I ("Iah está satisfeito"), mãe de Iahmés ("Iah nasceu"), fundador da XVIII dinastia egípcia. A esposa deste rei, Iahmés-Nefertari ("Nascida da lua, a mais bela das mulheres"), também integrava a divindade no seu nome.

O culto a Iah parece ter decaído com o Império Novo. No túmulo do faraó Tutmés III encontra-se representada uma cena na qual o faraó encontra-se acompanhado pela sua mãe e por três rainhas, incluindo Sit-Iah, "filha do deus lua".

HAPI



Hapi era uma divindade da mitologia egípcia que personificava as águas do rio Nilo durante a inundação anual a que o Antigo Egito estava sujeito entre meados de Julho e Outubro.

Hapi não tinha templos a si dedicados, mas era associado à região da primeira catarata do Nilo (ilha de Biga, onde se dizia que residia) ou ao vértice do Delta do Nilo, perto da cidade do Cairo. Apesar disso, o deus era popular um pouco por todo o Egito.

Era por vezes representado de forma duplicada no símbolo do sema-taui, onde surge a atar as duas plantas heráldicas do Alto Egito e do Baixo Egito, o lótus e o papiro (cyperus papirus).

Apenas o faraó Siptah mencionou o deus Hapi na sua titulação: o seu nome de Hórus apresenta-o como "amado de Siptah".

Hapi era representado como um homem com ventre proeminente e com seios, que veste a cinta dos pescadores e barqueiros. Na sua cabeça tinha o lótus e o papiro ou segurava estas plantas nas suas mãos. A sua pele poderia ser pintada de azul ou verde, duas cores associadas entre os antigos Egípcios à fertilidade. Era também representado a derramar água de jarros ou a levar mesas e bandejas com alimentos.

Hapi era associado ao deus Osíris, outra divindade com características relacionadas com a fecundidade. Enquanto que Hapi personificava as águas do Nilo, Osíris era a força fertilizante destas águas. Teria sido também Hapi a alimentar no seu seio Osíris, ajudando desta forma na ressurreição do deus.

A sua esposa era a deusa Sekhmet. Outros deuses relacionados com Hapi eram Ísis (cujas lágrimas eram vistas como a causa da inundação do Nilo) e Khnum (divindade ligada às cataratas do Nilo).

WADJIT



Wadjit ou Uadjit, é na antiga religião egípcia a deusa padroeira do Baixo Egito (que correspondia à região do Delta do Nilo). O seu nome significa "A verde" (cor das serpentes) e "A da cor do papiro" (numa alusão à planta do papiro, que teria sido por ela criada e que era a planta nativa do Baixo Egito). O nome desta deusa pode também ser escrito como Uto ou Edjo.

Wadjit começou por ser uma deusa ligada à vegetação tendo se transformado numa deusa da realeza. Representava o Baixo Egito sendo frequente surgir com a deusa correspondente do Alto Egipto, Nekhbet.

Esta deusa foi integrada na lenda de Osíris, na qual é ela quem toma conta do pequeno Hórus, escondido nos pântanos do Delta, o qual alimentou com o seu leite, enquanto Ísis procurava por Osíris.

O principal centro de culto da deusa era Per Wadjit ("morada de Wadjit"), localidade a que os Gregos deram o nome de Buto e que corresponde à moderna Tell el-Farain.
Era representada como mulher com cabeça de serpente e que tem na cabeça a coroa vermelha do Baixo Egito (coroa decheret).

Poderia também ser representada como uma mulher com cabeça de leoa, quando se pretendia aludir ao aspecto de defensora da realeza. Surgia igualmente como uma serpente alada ou como uma cobra enrolada dentro de um cesto de papiros.

MONTU


Montu é um deus da antiga religião egípcia oriundo do nomo tebano e associado à guerra.

Era representado como um homem com uma cabeça de falcão, tendo na cabeça duas plumas altas e um disco solar com uraeus (serpente) duplo. Nas suas mãos poderia segurar vários objetos, como um machado, setas e arcos. Poderia também ser representado como quatro cabeças que vigiam os pontos cardeais. Na Época Baixa foi representado com a cabeça de um boi.

De início Montu era um deus solar, associado a Ré (Montu-Ré), sendo considerado como a manifestação destrutiva do calor do sol. Foi no tempo da XI dinastia que Montu adquiriu características associadas à vitória e à guerra.

Era conhecido como o "senhor de Tebas", situando-se o seu principal centro de culto em Hermontis. Outras cidades associadas ao deus eram Medamud e Tod. Em Medamud existia um santuário mandado edificar por Senuseret III, ampliado durante a época do Império Novo e posteriormente na Época greco-romana. Em Karnak existia igualmente um templo dedicado a Montu, que possuía um lago sagrado.

Vários reis da XI dinastia tinham como nome de nascimento Mentuhotep ("Montu está satisfeito"), o que representava uma referência a esta divindade e atestando a sua importância durante este período.

Montu é referido nas Aventuras de Sinué, uma obra da literatura do Antigo Egipto, cuja acção se desenrola no tempo da XII dinastia. O seu protagonista, o fugitivo Sinué, realiza um acto de louvor a Montu, depois de derrotar um inimigo de origem síria.

Durante o Império Novo o deus Amon relegou Montu para um segundo plano, tornando-se o deus mais importante do panteão, ao mesmo tempo que assimilou as características guerreiras de Montu.

Por causa do seu caráter guerreiro, Montu foi identificado pelos Gregos com o deus Apolo.

HEKET


Heket, divindade feminina, uma das esposas do deus Khnum, é também relacionada ao nascimento.

É representada em forma de uma rã ou uma mulher com cabeça de rã.

SEKHMET



Sekhmet e a forma irada de Bastet (a deusa gato). Sekhmet apresenta-se com a cabeca de leao e simboliza o poder feroz da deusa felina e tem cóleras pavorosas que podem propagar no país ventos ardentes, epidemias e a morte. Apaziguada por festas e oferendas, torna-se possível obter sua ajuda contra Apófis - que se opõe ao andamento do sol - os inimigos do rei em tempos de guerra ou os agentes responsáveis pela doença no corpo dos homens. Seus sacerdotes são experts em magia e medicina.

Em Mênfis, Sekhmet é a esposa de Ptah e mãe de Nefertum. É quase sempre representada como uma mulher com cabeça de leoa, coroada com o disco solar.

TUÉRIS


Tueris, "A Grande",era a deusa da fertilidade e protetora das embarcações e das grávidas. Também foi uma deusa celeste, a "Misteriosa do horizonte" na mitologia egípcia.

Nomes egípcio: Taueret, Taurt, Ipy, Ipet, Apet, Opet, Reret. Nomes grego: Tueris, Toeris.

Ajudou a Horus en sua luta contra Seth.

Figura grávida, de pele negra, cabeça de hipopótamo ou de mulher, com chifres e disco solar, patas de leão, cauda de crocodilo e seios muito grandes. Também como uma porca.

Muito venerada em Karnak, Heliópolis, Abu Simbel e Gebel Silsileh.

Era filha de Ré e a mão direita de Isis e Osíris.

SEBEK


Sobek ou Sebek é o deus-crocodilo, no Antigo Egipto, por vezes identificado com Ré ou Set e tido como filho de Neit.

Oriundo das regiões do Faium, este deus está associado à astúcia, paciência e à crise, à tudo que interrompe o curso natural das coisas. Por exemplo, ele é a crise que provoca a morte.

KHNUM



KHNUM, um dos deuses relacionados com a criação era simbolizado por um carneiro, animal considerado excepcionalmente prolífico pelos egípcios.

Segundo a lenda, o deus Khnum, um homem com cabeça de carneiro, era quem modelava, em seu forno de oleiro, os corpos dos deuses e, também, dos homens e mulheres, pois plasmava em sua roda todas as crianças ainda por nascer.

Principal deus da Ilha Elefantina, localizada ao norte da primeira catarata do Nilo, onde as águas são alternadamente tranquilas e revoltas. Tem duas esposas Anuket (águas calmas) e Sati (a inundação).

Um dos velhos deuses cósmicos, é descrito como autor das coisas que são, origem das coisas criadas, pai dos pais e mãe das mães. Sua esposa Anuket ou Heqet, deusa com cabeça de rã, também era associada à criação e ao nascimento.

AMMIT



Ammit, o devorador dos mortos.

Aparência de um chacal sem olhos, com três bocas ou um animal com o "traseiro" de um hipopótamo, corpo de um leão e a cabeça de um crocodilo.

Na Mitologia Egípcia, Ammit (também pronunciado Ammut, Amut e Ahemait) é a personificação da retribuição divina para todos os males realizados em vida. Não é apenas um deus. É a punição para aqueles que não foram aceitos em Amenti.

Amnit devora aqueles que foram julgados como pecadores, que não agiram de maneira correta em vida. O "inferno" para os Egipcios se resumia a Amnit, que destruia suas almas, deixando de existir definitivamente.

Ele devorava os corações, ragava os corpos e com suas patas destruia os corpos.

Ele era filho do Universo e da Essência,e era o Ser divino mais temido de todo o Egito.

Existem papiros de autores desconhecidos que contêm orações para deixá-la longe na hora sono.

SERKET


Serket a deusa escorpião da mitologia egípcia. O seu nome é uma abreviação da expressão Serket-Hetyt que significa "Aquela que faz respirar a garganta" ou, de acordo com outra interpretação, "Aquela que facilita a respiração na garganta"; no primeiro caso aludia-se ao facilitar da respiração dos récem-nascidos e no segundo ao seu papel benéfico na cura de picadas de escorpião (sendo um dos efeitos destas picadas a sensação de sufoco). É também conhecida como Selchis, Selkhet, Selkis, Selkhit, Selkit, Selqet, Serkhet, Serket-Hetyt, Serqet e Serquet.

A sua representação mais comum correspondia à de uma mulher com um escorpião na cabeça, tendo o escorpião a cauda erguida (ou seja estava pronto a picar). Em representações mais raras, surgia como um escorpião com cabeça de mulhe. ou como serpente. Na XXI dinastia foi representada como uma mulher com cabeça de leoa, tendo a nuca protegida por um crocodilo.

A referência mais antiga que se conhece à deusa data do tempo da I dinastia (estela de Merika em Sakara). Segundo alguns autores, o chamado Rei Escorpião terá prestado culto a esta deusa. Selket era uma deusa do Baixo Egito, embora não se conheça exatamente de que localidade. Contudo, o seu culto acabaria por difundir-se por todo o Egipto.

Serket a deusa escorpião da mitologia egípcia. O seu nome é uma abreviação da expressão Serket-Hetyt que significa "Aquela que faz respirar a garganta" ou, de acordo com outra interpretação, "Aquela que facilita a respiração na garganta"; no primeiro caso aludia-se ao facilitar da respiração dos récem-nascidos e no segundo ao seu papel benéfico na cura de picadas de escorpião (sendo um dos efeitos destas picadas a sensação de sufoco). É também conhecida como Selchis, Selkhet, Selkis, Selkhit, Selkit, Selqet, Serkhet, Serket-Hetyt, Serqet e Serquet.

A sua representação mais comum correspondia à de uma mulher com um escorpião na cabeça, tendo o escorpião a cauda erguida (ou seja estava pronto a picar). Em representações mais raras, surgia como um escorpião com cabeça de mulhe. ou como serpente. Na XXI dinastia foi representada como uma mulher com cabeça de leoa, tendo a nuca protegida por um crocodilo.

A referência mais antiga que se conhece à deusa data do tempo da I dinastia (estela de Merika em Sakara). Segundo alguns autores, o chamado Rei Escorpião terá prestado culto a esta deusa. Selket era uma deusa do Baixo Egito, embora não se conheça exatamente de que localidade. Contudo, o seu culto acabaria por difundir-se por todo o Egipto.

Junto com as deusas Ísis, Néftis e Neit guardava as vísceras do defunto colocadas nos vasos canópicos. Em concreto, Serket protegia o deus Kebehsenuef (um dos quatro Filhos de Hórus) que vigiava os intestinos. Também se lhe atribui a capacidade de cegar a serpente Apopi cujo objectivo era evitar a viagem diária de Ré na barca solar. Era de resto apresentada como filha deste deus. Recebia também o epíteto de "Senhora da Bela Mansão", sendo esta mansão a estrutura onde se realizava o processo de embalsamento.